sábado, 11 de novembro de 2006

É dia de feira...sexta-feira...(após o pôr do sol na ponte)


Dez de novembro de dois mil e seis, sexta feira...
Moda: sapatinho Maria bonita
Livro: Break no Bones (Kathy Reichs)
PESO: 65 kg alguns chocolates e meio litro de coca-cola com sorvete
Poucas nuvens na provinciana São Luís...nenhum sinal de chuva...As idas à Universidade têm se tornado mais enfadonhas por conta da ausência dum ambiente propício às minhas atividades nostálgicas...
Escrever tem, também, se tornado um sacrifício enorme nesses últimos meses...substituo as horas na Internet pela leitura dos livros novos e tenho fuçado com mais freqüência os armários da casa.
Nessa sexta...imaginei uma versão diferente de mim mesma...acordei ás cinco, li um pouco a senhorita Kathy, terminei um artigo do curso e esperei o sol bater nas frestas da janela. Chaucer, Dickens e Lucas com muito esforço acordavam...Tia Rita e minha vó já davam sinais de que a casa movimentaria-se bem naquele dia.

Seis da manhã: Todos de pé. Meu avô lê as primeiras notícias do dia, tia Rita amassa o pão e minha vó despeja a farinha no prato a fim de preparar a tapioca.

Seis e quinze: A mesa posta e vão chegando os amigos mais íntimos. Esses incluem o Pedro valentão, um senhor de meia idade, viúvo, sempre muito sério e conhecido por suas manias de valentia quando mais jovem. É um amigo antigo do meu avô e toma café todos os dias com a família. Há ainda o Henrique, menino de uns treze anos, que vem já há alguns anos ajudar na livraria pelas manhãs. É filho da Alda, a mãe Alda, como costumávamos chamar. Por muito tempo morou em nossa casa e agora sobrevive com um miúdo salário proveniente de um emprego de balconista numa farmácia dum bairro periférico da cidade .
Por último, a figura estranha do Sérgio...o pitoresco Sérgio...franzino, feio e cheio de idéias malucas...nomeia-se filósofo e escreve uns cordéis vendidos por menos de três reais no Centro Histórico...um bom repentista...não larga aquele tênis all star surrado e anda sempre com uns livros de Nitche na mão...toma café lá em casa...e, pelo menos três vezes na semana atravessa comigo as ruas antigas da Praia Grande até a integração...

BIO...a LOGIA da vida...

O ônibus na Integração nunca está lotado às sete...é a melhor hora do dia...e encontra-se muita gente por lá...dá pra ler alguma coisa, um panfleto, dizeres numa blusa ou as letras amarelas dos ônibus...dá pra pensar também e sentir um vento fresco na fronte...dá pra fazer umas graças...uns gracejos...só não dá mesmo pra ficar nostálgica...ou rememorar os amores do passado...nem pra abrir uma latinha de coca-cola, pois, afinal, ainda são sete da manhã.

(uma pausa necessária pra que a mente tome fôlego e queira novamente gerar idéias novas...coisas de matrix...)

Dorot.....

2 comentários:

Anônimo disse...

...tão afetada estava essa postagem...no entanto, divirtam-se com essa minha amania de lançar textos virtuais...

Anônimo disse...

dorot.. to precisando muito falar c vc....
to kerendo um livro emprestado..
obs: estou a me surpreender c velhos papeis!!!