terça-feira, 21 de novembro de 2006

Tudo normal...

No ouvido: Only Time - Enya
Vocabulário: Merde
No corpo: Salto, calça jeans, blusa preta, brincos grandes e um anel de um falso cristal no indicador.

Hoje o dia começou cedo. Logo as 6:00 aquele bendito despertador insistia em me chamar pra vida. Inutilmente. Mais meia hora. Toca de novo. Levanta da cama uma baixinha descabelada, irritada e atrasada. Depois de muita luta me arrasto pro banheiro, tomo banho e me arrumo. A campainha toca, atravesso o apart lutando contra os afagos de Bruno. Abro a porta. é tia Alice, uma senhora com uma cara nada senhora. Cabelo pintado de loiro, tatuagem na nuca, feita em pleno período de rebeldia de terciera idade (!!!). Veio pra me ajudar. Depois de horas de bronca e puxão de orelha, me dá uma beijo estalado na testa e avisa que fez compras e vai arrumar a casa. Eu bem que tento me virar sozinha, mas ainda bem não consigo...
Pego uma Coca, chocolates e barra de cereal e vou pra vida. Pelo menos quando chegar em casa, vou ter comidinha caseira prontinha. No estacionamento do prédio começa a luta. Entro no Fusca, ligo, ele não pega. Tento de novo, ele empaca. Elogio, faço carinho, ele esnoba. "Vamo lá, nenem! Mamãe tá atrasada! Colabora, mamãe promete que termina de pagar seu DVD." É. pois é, eu acho que sou a única criatura da face da terra que um fusca verde caíndo aos pedaços com DVD portátil. (detalhe: comprado em promoção e parcelado a perder de vista).
Desisto, ligo pro Gael e peço carona. Vou de moto, é melhor.
-Fala, Nina.
-Adivinha!
-Não pegou?! Tô indo de pegar.
Ele chega, e após horas de piadinhas sobre o Fusca e a minha capacidade de recusar jogar o pobre num ferro velho, a gente vai direto pra Video, hoje não tem francês.
Expediente normal hoje por lá. Milhares de chícaras de café servidas, centenas de vídeos locados, muitas horas de sono furtivo atrás do balcão e claro, bilhões de olhares trocados entre eu e ELE (sim, ele, ELE) e infelizmente, trilhões de meninas oferecidas que vão na Video só pra dar em cima DELE.

**Pensamento: Queria ter uma arma nesses momentos!!! Eu ia fazer estrago!

Depois de horas de "normalidade" no meu dia na Video e vários ataques de raiva, volto em casa, almoço o arroz de cuxá gostoso de tia Alice (adivinha com quem?!) e sigo pra facul, onde estou agora. (usando o notebook de Necco, um carinha que paga cadeira comigo e é super legal). Enfim, recebi a notícia que algumas emissoras daqui de São Luís estão selecionando alunos de 5°período pra fazer estágio, então estou super empolgada. Quem sabe eu posso ser um desses selecionados.
Agora vamos começar a aula prática. É a simulaçao de uma apresentação de jornal, e é iminente meu encontro com o Teleprompter, meu pior pesadelo. No nosso último encrontro paguei o maior mico. Não consegui acompanhar o letreiro, gaguejei, tremi, parei e foi simplesmente horrível! Merde! Que tipo de jornalista eu vou ser se nem consigo me dar bem com o Teleprompter?! Prefiro ficar na área de edição...

eu, Nina Bruni



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