quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Leia na íntegra...Alana revolution (O massacre final)

Dei passos miudinhos a fim de destrancar a porta...Sérgio desespera-se lá fora. Sei...a narrativa merece um tan, tan, tan...do Hitchcock
Sérgio chorava... Verdade... chorava e fedia ao mesmo tempo (impossível ? )... abri a porta, o portão, os cadeados e joguei bem na cara dele a lanterna:

-Tá doido seu ridículo!
-Dot, Dot...deixa eu entrar, deixa eu entrar!
-Tá doido? Tu tá bêbado.!Pára de gritar...cara tu é um imundo mesmo...

E tava mesmo imundo, sem camisa... a calça tinha um rasgão desde o joelho, o tênis...não, aquilo não era um tênis. Deu pena do homem...mas deu nojo também, lembrei das idéias, das que ele roubava, mas lembrei também que cuidou dos meus peixes e, segundo ele, deu até banho nos bichinhos.
-Dot, eu tô ferrado. Alana não me quis...ela leu, leu tudinho que escrevi e não me quis.
-Aff...
Sérgio tava apaixonado havia dois meses por uma Alana de não sei o quê. Ela era, acho, estagiária da biblioteca central e gente muito fina, fina mesmo, a não ser pelo nome que não tinha explicação etimológica nenhuma,. (seria uma lana que não quer ser Lana, que nega-se Lana ?) E...foi isso, Sérgio inventou que era poeta justamente nessa fase agitada...publicou uns zines anônimos para a tal da Lama, digo, Alana, da que não quer admitir-se Lana...e não deu outra...alguém viu, ouviu, descobriu e surtou...

-Sérgio, como é que tu inventa que tem que se meter agora com esse povo. Fala sério, tu não anda com essa gente. Foi só conhecer essa A...L
-Alana (disse como se estivesse agora sóbrio e pensando nela)
-Sim...foi só conhecer e passou a freqüentar essa roda...
-Não fala assim Dot...meu coração tá partido
-Bem feito...e o que eu tenho a ver com isso?
-Dotizinha...dotizinha...não fala assim, eu to mal
E nessa hora, sentou bem na porta com a cabeça entre as pernas. Começou a chorar...e eu, eu não podia acreditar que isso estava realmente ali na minha porta enquanto Matrix rolava certo no SBT.
Tive vontade foi de dar um pontapé na cara dele, ou mesmo dar um “mortal” daqueles lá do filme...más já tava tarde...e Sérgio morreria na hora...(esse magricelo imundo). É, deu pena dele...não posso negar, somos amigos, seja lá o que nos faz estar sempre próximos. Acho que é o Ribeirão...a fonte, sei lá. Mas no fundo, bem no fundo, gostei de ver um homem sendo massacrado por uma Mulher...
Uma mulher de nome estranho!

-Entra, dorme aí no chão da sala e não vomita no tapete!


(Luzes apagadas)

-Dot, Dot...vem cá...tira o tênis pra mim...Dot, Dot...! (gritou)

(Luzes acesas)

- Sérgio...sai...boooooora, sai agora!
...
to be continued


( Inaugura-se um novo post em gênero e estilo.Comentem: Acham que me saí bem na coisa?)

P.S Querem saber quem é o Sérgio? Vá, visita lá
POST: Trupe...acho, ou então...sei lá...visita os meses anteriores bem aqui do lado


Por Dotizinha
um fracasso de bilheteria

1 comentários:

Anônimo disse...

Um recado pro Sergio:
Nariz de bêbado não tem dono.

Um recado pra Dorot:
Amigo é pra "ajudar" outro.